Do outro lado da janela
o verde em variados tons
anunciava a primavera
mesmo ainda estando
gelado o coração
de quem ali habitava.
Pouco a pouco as gemas
brotavam nos caules verdes
profetizando em cachos
as cores vivas da natureza.
Do outro lado da janela
a penumbra se rompia
com os movimentos lentos
de quem ali jazia.
De um lado – a esperança
do outro – a falta dela.
As estações se repetiam
e
cada qual de seu lado da vida
uma - paisagem florida
outra - paisagem esquecida
Mas num certo dia
as cores em pétalas
cobriram-lhe o corpo
e o seu vestido de noiva.
Do outro lado da janela
perene/absoluta
permaneceu a Flor
que um dia acreditou
que morreria de amor.
Paulo Francisco
11 comentários:
lindo poema..
uma mistura de vida e morte que seguem eternamente juntas..
bjs.Sol
Belo e triste.
Lindo e real.
Beijo.
isa.
Paulo, enviei um e-mail pedindo desculpa, aquele texto entrou sem que eu percebesse, ele devia estar programado em vez de rascunho.
Exclui o texto e peço mil desculpas e agradeço o seu comentário, a sua atenção.
abraço.
Belo poema.
Palmas!!!!
"De um lado – a esperança
do outro – a falta dela."
Perfeito.
nostálgico.
boa semana-
beij
As flores sempre se dando mal... rs
Mas ainda assim é melhor ser uma...
bjsMeus
Catita
Meu querido amigo Paulo, tem presente pra tu lá no Rabiscos Infantis, tá bom?
Depois volto pra te ler com calma, agora na correria por aqui.
Beijos com carinho enorme pra tu.
Me sinto como essa flor, um dia cheguei a acreditar que morreria de amor...agora, nem dele eu vivo.
Linda, triste e tocante a tua poesia.
Beijos querido amigo Paulo.
Encontros e desencontros
_ estações se repetindo e outras paisagens surgindo.
Fico com o lado da esperança de mais amores,mais encontros.
Gostei Paulo
Que lindo esse poema...
Aqui ou lá para sempre o amor há de estar...
Abraços
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