Meu corpo ainda recebe o resquício de seu calor. Sinto-me assim todas as vezes que tens que partir. Sou a montanha de minha visão que aos poucos some diante da escuridão.
A escuridão que lá existe é levada pela claridade da lua, surgindo aos poucos do outro lado. A montanha não mais se encontra sozinha. Tem a lua para admirar.
A escuridão que aqui existe é levada pela lembrança de ti e vai tomando aos poucos o meu corpo. Já não fico mais sozinho. Tenho seu rosto para admirar.
Lá está a montanha: integra intacta, majestosa.
Aqui estou eu: pensando em ti e feliz.
Amanhã teremos mais um dia de sol e a montanha continuará verdejante e bela.
Paulo Francisco