Na ausência da existência deste teu céu azul, furto-me do ar que respiro. Sufoco-me de seu nome até não mais aguentar. Quero ir para as margens do rio de teu coração.
Na insistência de não querer este meu mar de cores, recorro ao cruzeiro do sul. Quem sabe assim você me segue neste destino do amor.
Não tenha medo, venha, venha sem pudor, venha na clareza do poeta. Venha na calada da madrugada, venha no entardecer, não importa, mas venha amanhecer o meu amor.
Estou à espera de você aqui, nesta varanda de flores, nesta rede de sonhos, neste ninho de cores, nesta certeza de amar.
Deixe a incerteza de lado, basta de tessitura, sobrepujemos os pudores e bendigamos os nossos sentimentos.
Traga somente a semente do amor – amanhamos nossos corpos à lua cheia. Deixemos reflorescer o que já fora, um dia, mortificado.
E enquanto você não vem, meu amor, fico aqui nesta ilha da saudade, neste atol da vontade, olhando o meu céu de todas as cores, na esperança que surja nas montanhas, você.
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