Eu, que nada sei, vivo a estranheza de não mais sentir. Estou cego e dormente. Já não percebo como antes. Não há lua no céu. Não há ondas no mar. Não há... não há. A fotografia está se apagando como se não quisesse mais existir. Tempo de desesperança; tempo de desencontro. Eu que nada sei, fico encarcerado à espera de um raio amarelo que me leve ao começo de tudo. Já não sei quem sou. Perdido, fico num deserto de emoções. Eu que nada sei, vivo a estranheza de nós dois.
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