O menino andava a
passos curtos
Distraído com as
cores do mundo
Seguia sem pressa,
tocando em tudo
Sentindo a textura
das folhas em suas mãos
O cheiro doce de
algumas flores
E a aspereza do chão
O menino andava a
passos curtos
Distraído com o som
do mundo
Seguia com calma,
ouvindo tudo
Deixando a natureza
invadir-lhe a alma
O menino que andava a
passos curtos
Hoje tem pressa de
gente grande
Tem o medo de gente
grande
Tem a curiosidade de gente grande
E já não presta tanta
atenção como antes
O menino que andava a
passos curtos
Prestando atenção em
tudo
Crescera como todo
mundo.
Paulo Francisco
Um comentário:
Que lindo, nossa, amei ler, me senti em quando andava assim, prestando atenção em tudo, hoje presto ainda, mas perdi boa parte da sensibilidade!
Crescer nem sempre é bom, nem sempre!
Abraços meu poeta querido!
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