Raios e trovões iluminavam e sonorizavam o meu medo
Meu corpo molhado pesava e dificultava o meu caminho
As árvores e os arbustos, antes perfeitos, como obras de
Deus,
não passavam de esculturas sombrias naquela noite sem vida.
Não sabia se chegaria; não sabia se conseguiria vencer a água
que caía.
Fora tudo de repente. Sem sinais. Sem aviso prévio.
Andava, parava, corria, escorregava e caía.
O que antes estava tão próximo as minhas mãos, ao meu corpo,
agora se encontrava distante, longe de meus olhos.
Raios e trovões iluminavam e sonorizavam o meu medo.
A chuva, insistente, lavava a minha pele, limpava a minha
alma.
Aprontava-me, certamente, para o outro dia.
Um dia de sol e brisa.
Paulo Francisco
6 comentários:
Oi Paulo,você enfrentou uma tempestade,mas não conseguiu chegar! Sei o seu medo está sempre adiando.
Quem sabe um dia você consegue...
Beijinhos.
Olá, Paulo
Poema profundo e não há nada como um dia após o outro... Tudo muda...
Abraços fraternos de paz e bem
de passagem e correndo para não me molhar na chuva ou me respingar de seus medos.beijos
de passagem e correndo para não me molhar na chuva e me respingar de seus medos. beijos
LINDO POEMA! PARECE QUE ESTAVA INDO AO ENCONTRO DE ALGUÉM,MAS NÃO CONSEGUIU CHEGAR,E MARCOU PARA OUTRO DIA!
GOSTEI...
Se fosse verdade que existe chuva de felicidade, eu pediria com toda a minha fé que o céu despejasse em você uma chuva abundante de FELICIDADE... Que o seu dia seja regado a fortes emoções e que o final de semana seja recheado de coisas boas.
Beijinhos Nelma Ladeira.
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