TORRENTE



Ela veio intensa
furiosa
grita lá fora
bate em minha porta
deixa-me aflito
com sua insistência
sinto seu cheiro
trazido pelo vento
sou pequeno
diante de tanta
beleza
sou frágil
diante de tanta
nobreza
acovardo-me
diante de tanta
força
Ela continua potente
intensa
furiosa
gritante
E eu... débil
calado
paralítico
vencido por ela...
A chuva.

7 comentários:

Não me perder em minha vida disse...

Paulo Francisco, imagino, ou melhor, nem imagino o que vocês têm passado. A força da natureza demonstrando a todos nós o quanto somos pequenos, o quanto somos frágeis e inconseqüentes. Tratamos a natureza sem os cuidados necessários para que ela também possa nós respeitar.
Bom ter você todo dia por aqui.
bjs sua leitora márcia

António Rosa disse...

A minha solidariedade. Belo poema. Terrível tragédia.

Rosane Marega disse...

Paulo...rendo-me a seu maravilhoso dom na escrita e junto-me a você na solidariedade daqueles que choram.
Beijosssss

Michele P. disse...

Eu estava evitando os noticiários para não deixar-me levar pela dor que os cariocas estão sentindo. O pouco que vi, não me sai da cabeça.
Que Deus tenha misericórdia.

Um abraço

*Mi§§ §impatia* disse...

Devastador amigo.....uma tristeza.....
Boa semana, beijos.

Gladys disse...

Hermoso escrito querido amigo muy intenso.
Besos que tengas una linda semana.

Saulo Taveira disse...

Belíssimo meu amigo.

Chuva que lava, chuva que leva. Chuva!