ENXAQUECA














Alguém me traga uma aspirina
Uma não, duas!
Ela insiste
Persiste
Intrusa em minha vida
Inquilina indesejada
Pesada e cretina
Dominadora de mim
Maldita cefaléia!
Chega sem avisar
E só vai embora
Embriagada
Dopada
Dormente
Depois de machucar
A minha mente
Deixo de ser gente
Só sei urrar
De olhos fechados
Num ambiente escuro
Fico parado
Prostrado
Vendo a vida passar
Alguém me traga uma aspirina
É urgente!