O vento cortou-me a pele, empurrou-me para o lado, jogou-me contra as pedras.
Gritou repetidamente, como um louco, aos meus ouvidos.
Cegou-me em poeira doída e trouxe-me calafrio. Acordou o
medo nunca antes sentido.
Cortou-me a face, navalhou-me
a alma, sangrou-me os pulsos.
O vento cortou a corda que me atracava ao cais.
E sem forças para lutar, fiquei à deriva por horas a fio,
cerrado numa inesperada partida.
Paulo Francisco
Um comentário:
Olá Paulo,parece que você vive numa tempestade!
Tempestade de amor...Sem forças para lutar!
Lute,enfrente ,não fique esperando a partida beijinhos.
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