Talvez

A cadela uivava alucinadamente
na madrugada agitada e fria
Queria ela, a cadela, companhia?
O vento passava aos gritos
balançando tudo
Queria ele, o vento, um abrigo?
A manhã nasceu visualmente pardacenta
manhã fria e triste
Queria, ela, a manhã, outra cor?
Acordei quase ao meio dia ainda sonolento
com o meu corpo cansado e fraco
Queria eu um novo corpo?
Tentei escrever este poema
Queria ele, o poema, ser outra coisa?
[Talvez]

Paulo Francisco

2 comentários:

Elisete Nunes disse...

Olá! Passando para retribuir a sua visita. Adoro poesias.

Paula Barros disse...

E os sons se fez poema
E o poema criou asas
E se foi com o vento
Tocando corações
E encontrando almas para se abrigar
beijo