A lua hoje não veio. O céu a escondeu em seu manto negro.
E a dama-da-noite, triste por não vê-la, chorou a noite inteira.
O vento – cúmplice do meu silêncio – cantarolou baixinho
uma canção de saudade. Eu a segui em passos lentos;
e as folhagens dançarinas acompanhavam a melodia
em sincronia, fazendo-me companhia.
Cheguei ao meu destino junto à aurora multicolorida.
E, aos poucos, o senhor Sol saudou-me com sua luz.
O ventou, que nunca parou, trouxe consigo o cheiro de anis.
E o meu grito de alívio ecoou por todo o Vale.
Paulo Francisco
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