Durmo contemplando o céu marinho, acordo com ele azulzinho. Não gosto de discursos, gosto mesmo é de poesia. Odeio conversas fiadas, mas adoro uma boa história contada.
LUCIDEZ
E a tela que era branca
se tranforma, se mancha
borrões, traços inacabados
surgem
E o branco que era cor
se tranforma em lembrança
branca, neve, leite, pele
E a lembrança que já não é
mais branca se tranforma,
se mancha em figuras inacabadas
opacas, sem cor
E a tela se rompe
não há mais tela - nem lembranças
não há artérias, não há pulso
E o branco ficou negro
e o negro se transforma
em todas as cores
abstratas, inexatas
Essim o louco dorme
no mais normal dos sonos
e quando acorda
uma nova lembrança
uma nova esperança
uma nova criança surge na tela branca
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