Acordei assustado. Minha cabeça pesava, meu pescoço estava rígido, minhas costas reclamavam em fisgadas localizadas. Acordei um trapo. Levanto ou não levanto? Se levanto tudo vai doer. Se permaneço deitado esperando que tudo passe, terei que conviver com as dores por mais tempo. Levanto e seja o que deus quiser!.
Quando levantei nesta manhã descrita acima, fui obrigado a resolver aquelas dores. Quarenta gotas amargas de dipirona e um bom café forte resolveram as minhas dores em poucos minutos.
Seria tão bom se todas as dores pudessem ser resolvidas de maneira imediata, com fórmulas milagrosas quase instantâneas. Às vezes nem morfina resolve uma dor.
Como tirar uma dor no peito quando perdemos alguém querido?
Como tirar da alma uma dor profunda quando nos separam de quem a gente ama?
Não existe remédio pra isso. Fingimos que tudo passou ou simplesmente nos acostumamos com a perda e ficamos dormentes a ela.
Hoje eu acordei com uma dor no peito. Fiquei paralisado em minha cama sentindo a dor corroer todo o meu corpo. Era inútil levantar. Não existia, naquele momento, nada que pudesse aliviar a dor existente. Era uma daquelas, anestesiadas, guardadas e que de quando em quando aparecem e arrebentam com a gente.
Sei que daqui a pouco terei que levantar, agir, fazer as coisas e aos poucos essa dor se diluirá e mais uma vez ficará adormecida...
Hoje eu acordei com saudades.
Não quero nem saber
se vou ser clichê
eu te amo
não sei viver sem você
quero a sua inocência
o seu jeito de ser
tô perdido/em conflito
aqui, sem você
não quero nem saber
se vou ser repetitivo
ainda acredito
em seu amor
venha
sem problema
estou sem dor
te espero
sou sincero
quero o seu calor
por um dia
por uma hora
por um segundo
por um alô
a saudade mata
dilacera
arrebenta coração
estou sem fôlego
sem ação
no sufoco
perdido/louco
sem você
João
Meu filho!
(Pedaço de mim)