Durmo contemplando o céu marinho, acordo com ele azulzinho. Não gosto de discursos, gosto mesmo é de poesia. Odeio conversas fiadas, mas adoro uma boa história contada.
SOMBRA
A porta abre.
A luminosidade adentra de maneira estúpida mostrando o que não queria revelar-se
Descobre-se estampas envelhecidas, louças encardidas;
Descobre-se o que não queria manifestar-se: sentimento adormecido, esquecido, enterrado.
A porta se fecha.
A sombra marcada pela luz instantânea permanece como um carimbo incolor
A luz que lá fora permanece tenta invadir as frestas úmidas, quase apodrecidas, do espaço sombrio de um pântano humano.
Há luz lá fora.
Aqui dentro? Claridade perdida pela idade.
A porta não mais abre.
A escuridão permanece.
Perdida por um tempo que já fora.
Desintegrada pela luz do amanhã.
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Um comentário:
Viajo nos seus versos... Como é belo esse passeio!
Bj
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